O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado, defendeu em artigo publicado neste sábado (04/11) pela Folha de S. Paulo o ministro da Justiça Torquato Jardim, alvo de críticas esta semana por ter declarado que o comando da Polícia Militar no Rio de Janeiro é sócio do crime organizado e que as autoridades estaduais não tem controle sobre o quadro. Para o senador, “querem combater a febre quebrando o termômetro”.
“Quando alguém rompe a cortina de silêncio e diz o óbvio, é imediatamente crucificado. A paciência da sociedade chegou ao limite. Nem se trata de guerra civil, que pressupõe dois lados em combate. O que há é um massacre civil, sem precedentes, que confirma a triste realidade de que o crime organizado está mesmo no comando, com seus tentáculos estendidos por amplos setores da administração pública”, escreveu o democrata.
Ronaldo Caiado lembrou que a tragédia na segurança pública do Rio não é recente mas que os Três Poderes parecem viver em uma realidade paralela, colocando em risco a vida da população. “O ministro nem foi a primeira autoridade do atual governo a dizê-lo. Antes, quando da intervenção militar na Rocinha, em setembro, seu colega da Defesa, Raul Jungmann, havia feito a mesma constatação: que, no Rio, o crime organizado havia “capturado o Estado”. Curiosamente, porém, não provocou as reações de agora. O incômodo causado é apenas mais uma anomalia, mais uma tentativa de forjar uma indignação pelo avesso.”, disse.
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