Após questionamento do líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), o secretário de Controle Externo do TCU, Tiago Dutra, confirmou que houve fraude fiscal por sucessivas vezes em 2014 e 2015. O auditor rechaçou a tese do erro contábil ao afirmar: “A diferença entre o erro e a fraude é intenção”. Dutra depõe neste momento na Comissão do Impeachment que também ouvirá nesta segunda-feira, 13/6, o auditor também do TCU, Leonardo Albernaz.
“A fraude está clara e fica caracterizada pelos atrasos sistemáticos do governo em quitar suas dívidas com bancos oficiais. Mesmo depois de alertado pelo TCU sobre a irregularidade em relação à Caixa Econômica que bancou programas sociais, o governo cometeu o mesmo crime ao usar o Banco do Brasil para arcar com o financiamento rural. Não foi uma questão meramente contábil e o auditor do TCU deixou isso claro. Foi uma manobra deliberada para maquiar o orçamento”, avaliou Caiado.
Na primeira etapa da reunião do colegiado, Caiado defendeu a liberação de testemunhas que tratariam de fatos já esclarecidos. Ao todo, quatro testemunhas foram dispensadas hoje. “A defesa de Dilma insiste em ouvir testemunhas na comissão do impeachment que não vão mudar a opinião de ninguém. Os fatos já foram esclarecidos. Não precisamos mais de argumentos que provem a fraude fiscal do PT depois que o auditor do TCU, Antônio Carlos D´Ávila, afirmou que os fatos são gravíssimos e o governo atuou em desconformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Até o auditor se chocou com os fatos encontrados pelo TCU. Vamos seguir com processo, sem repetições e manobras procrastinatórias”, disse.