Política

Áreas de risco e erosões de Aparecida passam por mapeamento geológico

 Com o objetivo de prevenir acidentes e promover uma melhor qualidade de vida aos moradores de Aparecida de Goiânia, está sendo realizado o projeto de mapeamento geográfico do solo. O projeto do governo federal está sob a responsabilidade do Serviço Geológico do Brasil, com apoio da Defesa Civil do município. A equipe de geólogos está percorrendo as áreas consideradas de risco da cidade e também que apresentem erosões para catalogar e depois promover serviços de prevenção nessas áreas.

“O prefeito Gustavo Mendanha recebeu a equipe logo no início dos trabalho, no final de junho, e disse para darmos todo o suporte necessário para a equipe de análise, pois somos os mais interessados em saber quais áreas, além das que já conhecemos, estão apresentando problemas de solo. Após a primeira fase deste trabalho geológico teremos uma leitura mais dinâmica no que refere ao uso e ocupação do solo, que se aliará ao mapeamento da Defesa Civil”, destacou o superintendente de Defesa Civil do município, Juliano Cardoso.

A equipe da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) vistoriou mais de 50 pontos, entre eles a Serra das Areias, e foram mapeadas as áreas com desabamento de terra, processos erosivos, áreas de alagamento, corte de solo e demais locais vulneráveis. “Estamos promovendo o mapeamento do meio físico, fazendo análise do solo, da natureza e qualificando as questões de risco e destacadndo as características geológicas do município e em uma primeira análise foi observado que o solo de Aparecida é propício e naturalmente suscetível para formar erosões e voçorocas”, salientou o superintentente regional da CPRM, Luiz Fernando Magalhães.

Um dos pontos considerados primordiais pela equipe de geólogos para que haja redução dos pontos erosivos é a melhoria da drenagem das águas das chuvas e a necessidade de melhorar a forma de lançamento dessa captação nos córregos do município. “Outra irregularidade que ajudam na causa das voçorocas e erosões é o despejo irregular de entulhos e materiais de construção civil. Caso o poder público não se atente para mudar essa realidade e promover uma ocupação ordenada, daqui 10 anos ou até menos, a natureza vai cobrar a conta”, salienotu Luiz Fernando.

 Fases – O Projeto de Mapeamento Geológico de Aparecida de Goiânia possuem três fases. A vinda dos geocientistas ao município consiste na primeira fase, que é a setorização de risco emergencial geológico em áreas urbanizadas. Após a finalização desta parte dos trabalhos, o resultado, que depende também de análise de dados repassados pelas secretarias municipais, é apresentado para o prefeito que realizará ações e possíveis revisões do Plano Diretor, visando reduzir os riscos de erosões mais séries que possam causar tragédias. Essa primeira fase tem previsão de conclusão no fim de agosto.

A segunda fase será a criação de cartas de suscetibilidade do movimento gravitacional de massa corrida e das enxurradas e inundações que será feita tanto na área urbana como na rural. Já a terceira fase será a execução de cartas geotécnicas de aptidão urbana, visando a urbanização frente aos desastres que podem ser usadas na revisão do Plano Diretor, dando dicas de onde é seguro urbanizar. “Esta fase é necessária principalmente devido aos muitos vazios urbanos existentes na cidade e que, caso sejam forta de área de risco, possam ser ocupados”, salientou.

Integram a equipe os geocientistas Rodrigo Luiz Gallo Fernandes, Vivian Athaydes Canello Fernandes e Deyna Pinho Tiago Duque, da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) é uma Empresa Pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia com as atribuições de Serviço Geológico do Brasil. Para o suporte aos pesquisadores, foram destacados os agentes de Defesa Civil Roneiron Souza, Priscila Ribeiro e Marivânia Farias. Vivam salientou ainda que um dos problemas observados na cidade e que trazem riscos para a população são os recortes e aterramentos irregulares.

“A população tem a mania de aterrar ou fazer recortes nos terrenos antes de iniciar uma construção com o objetivo de nivelar o solo. E essa ação pode causar grandes tragédias. O correto é intervir o mínimo possível no solo, que diferente do que pensam os moradores, não é firme. Aqui em Aparecida observamos muitas ações irregulares e um terreno onde o recorte atingiu os 90 graus e a casa corre o risco de desabar no lote abaixo. Pois a terra ela vai procurar um caminho para ir e o caminho natural é o deslizamento”, disse Vivian Athaydes.

Fonte: Ascom

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