Sociedade

Apoio de Marconi aos Arranjos Produtivos Locais muda cultura industrial em Goiás

?Ainda incipientes em Goiás nos anos 1990, os chamados Arranjos Produtivos Locais (APLs) goianos receberam forte apoio do governo de Goiás nas gestões de Marconi Perillo. Em 2004, em ato de vanguarda, Marconi instituiu a Rede Goiana de Apoio a Arranjos Produtivos Locais, por meio decreto 5.990/04, que regulamentou o setor. Com aportes financeiros paulatinos, qualificação de mão de obra e fortes investimentos na compra de equipamentos, o Estado se tornou referência nacional, tornando-se líder no Brasil na organização dos arranjos produtivos.

Os já consolidados polos de Jaraguá (confecção) e de Mara Rosa (açafrão) faziam parte de um grupo de 33 outras aglomerações industriais, em 2004. Treze anos depois, já são quase 80 Arranjos Produtivos em 46 cidades polo, aponta levantamento do Sebrae/GO. Superintendente de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Goiás (SED), Mauro Faiad, em entrevista veiculada na edição deste domingo (23/4) do jornal O Popular, informou que as APLs são estimuladas por meio de cursos práticos e teóricos, além de equipamentos.

 Com efeito, após o governo estadual adquirir seis máquinas Audaces para corte de tecido com alta precisão, a capacidade de produção do setor de confecções foi incrementada em mais de 300%. Após instaladas nos municípios de Catalão, Jaraguá, Pontalina e Itaguaru, Goiás se tornou pioneiro no País ao fornecer alta tecnologia para médios e pequenos produtores de confecção. Uma unidade que cortava 5 mil peças diárias aumentou o volume para aproximadamente 20 mil peças. Os investimentos na compra das máquinas somaram R$ 4,2 milhões.

De acordo com a reportagem de O Popular, o APL de Confecções de Inhumas, que reúne 23 indústrias de cama, mesa e banho no polo industrial do município, gera 1 mil empregos diretos. Entrevistado, o prefeito Abelardo Vaz (PP) afirmou que o polo vai continuar crescendo, pois outra área de 1 alqueire está reservada para construção de mais 26 galpões. O presidente do APL, Gilberto Molina, da GM Confecções, afirmou que a produção mensal já atinge 40 mil peças.

Os APLs de mel, em Orinoza e Porangatu, e o de mandioca, em Bela Vista, são responsáveis pelo fortalecimento econômico dos municípios que compõem suas regiões. Em Orizona, Rafael Jacinto Pereira produz 7 toneladas de mel por ano. Com 50 membros, o APL da mandioca em Bela Vista abastece mercados de Goiás e Brasília. A cooperativa dos produtores (Cooperabs) já reúne 50 membros, que produzem desde a matéria-prima até o polvilho empacotado.

 

GOIÁS MAIS COMPETITIVO E INOVADOR

Os programas de fomento aos APLs estão submetidos a um do Governo de Goiás que incentiva a inovação. Por meio do programa Goiás Mais Competitivo e Inovador (GMCI), a prática tornou-se política de governo. Em reunião no mês de fevereiro último, o governador Marconi Perillo ratificou a atualização da carteira de desafios e projetos do GMCI. O objetivo é concentrar esforços em indicadores que tenham maior impacto na competitividade do Estado.

Entre os desafios, está a melhoria na qualidade e no custo da energia elétrica e no custo de saneamento. Na ocasião, o governador anunciou que vai assinar os convênios com todas as prefeituras que aderirem à Aliança Municipal Pela Competitividade, que promove parcerias com os municípios para ações conjuntas.

 

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