A balança comercial goiana apresentou resultados positivos inéditos para o mês de janeiro. As exportações do mês passado atingiram a marca de US$ 479,365 milhões, cifra 19,1% acima do registrado em janeiro de 2015, período que detinha o recorde anterior para as vendas externas. As importações fecharam em US$ 215,851 milhões, proporcionando superávit (saldo positivo) também recorde de US$ 263,513 milhões, uma evolução de 69% em relação ao saldo do ano passado.
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico (SED), José Eliton, ressalta a importância de se iniciar o ano com recordes no comércio internacional. “O aumento percentual nas exportações brasileiras é um indicativo de que teremos mais um ano de sucesso para o comércio exterior goiano”, afirmou, referindo-se à fatia de participação goiana que subiu de 2,9%, em 2015, para 4,3% na balança nacional, em 2016.
Produtos x destinos
O minério sulfeto de cobre liderou, pela primeira vez na história das exportações goianas, a lista de produtos mais vendidos ao exterior. O produto teve 24,4% de participação no total. O complexo milho aparece em seguida com 22,4%. Depois vêm as carnes (bovinas, de aves e suínas) com 16,8%, complexo soja, 8%, ferroligas, 7,7%, ouro, 6,3%, couros e derivados, 4,5%, açúcar, 3%, algodão, 1,3%, preparações alimentícias, 0,75%, amianto asbesto, 0,62%, gelatinas e derivados, 0,61%, produtos farmacêuticos, 0,56%, outros produtos de origem animal, 0,46%, e máquinas e equipamentos elétricos e mecânicos, 0,42%.
A Índia, também pela primeira vez, liderou o destino das exportações goianas. O país comprou sulfeto de cobre, soja, açúcar, ferroligas, amianto, couro e derivados, leveduras mortas, vermiculitas e cloritas, correspondente a 16,3% do valor despachado no mês passado. Na sequência, aparecem os Países Baixos, Holanda, 11,2%, Japão, 8,7%, Hong Kong, 6%, Vietnam, 5,6%, China, 5%, Itália, 3,7%, Egito, 3,7%, Coreia do Sul, 3,4%, e Finlândia, 3,3%.
Importações
Os produtos farmacêuticos lideraram a relação dos produtos importados por Goiás no primeiro mês do ano. Eles participaram com 40% nas compras internacionais efetuadas pelo Estado. O grupo dos veículos automóveis, tratores e suas partes registrou o percentual de 13,8%; caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, 12,4%, produtos químicos orgânicos, 10%, adubos ou fertilizantes, 7,2%, plásticos e suas obras, 2,5%, máquinas, aparelhos de ótica e fotografia, 1,7%, gorduras, óleos e ceras animais ou vegetais, 0,78%. Alemanha (17,2%), Estados Unidos (12,9%), Japão (9,1%), Coreia do Sul (9%), Irlanda (5,8%), China (5,4%), Suíça (5,4%), Tailândia (3,9%), Índia (3%) e Catar (3%), foram os principais países de origem das importações goianas.
Goiás x Brasil
As exportações brasileiras de janeiro recuaram (-17,9%), se comparadas com o mesmo mês do ano passado. As importações apresentaram queda ainda mais acentuada e retrocederam (-38,8%). Mas, diferente do ano passado, quando a balança nacional apresentou, no mês, déficit de US$ 3,1 bilhões, agora houve superávit de US$ 923 milhões.
A participação de 4,26% nas exportações e de 2,1% nas importações brasileiras de janeiro, conforme a estatística do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), mostraram que a balança comercial goiana tem avançado na corrente de comércio brasileira. Nos últimos tempos, Goiás sempre teve fatia significativa no saldo da balança nacional. No mês passado, a participação foi de 28,5% no superávit brasileiro.