Sociedade

15% das crianças em idade escolar apresentam alterações oculares

Um novo ano letivo começou e, com ele, vêm às preocupações típicas de início de ano: matrícula, material escolar, uniforme… No entanto, médicos oftalmologistas alertam: os cuidados com a saúde ocular das crianças também devem fazer parte dessa lista.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia cerca de 15% das crianças no início da idade escolar apresentam algum tipo de problema ocular. Para a médica oftalmologista do HCO – Centro Completo de Oftalmologia, Raquel Paiva, a criança em idade escolar está sujeita a distúrbios visuais que interferem no seu rendimento e que futuramente podem trazer limitações na sua vida profissional e social. “As crianças podem apresentar dispersão, dificuldade para enxergar o conteúdo do quadro, lentidão ao copiar as informações e, em alguns casos, chegam a aproximar livros e cadernos para conseguir ler e escrever. Além dos pais, os professores também devem estar atentos para identificar estes tipos de comportamento”, explica.

Segundo Raquel, em casa, os pais podem observar outros sinais. “Além da queda no rendimento ou desinteresse pela escola, os pais devem prestar atenção se a criança tem olhar vago (sem se fixar), tremor nos olhos, sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, olhos mantidos fechados por muito tempo, olhos vermelhos e com secreção, dor ou coceira”, explica. Ela afirma que, diante de qualquer alteração, a recomendação é que um especialista seja procurado o quanto antes.

Acompanhamento desde os primeiros anos
A oftalmologista ressalta que esperar a manifestação dos sintomas não é o caminho ideal. “Todas as crianças devem ser examinadas no berçário, antes da alta hospitalar e aquelas que apresentarem problemas nesse momento devem ser encaminhadas a um especialista. Caso esse exame seja normal, a recomendação é que o próximo seja feito aos dois anos, a menos que os pais detectem algum problema antes disso. E, se houver histórico de doença oftalmológica na família ou algum problema na consulta aos dois anos, a recomendação é que as consultas sejam feitas anualmente”, completa.

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