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Prefeitura de Goiânia lança programa de autorregularização de empresas com divergências fiscais

Prefeitura de Goiânia lança programa de autorregularização de empresas com divergências fiscais e oferece 30 dias para realização de procedimento sem cobrança de multa

Prefeitura de Goiânia lança programa de autorregularização de empresas com divergências fiscais

Plano Anual de Administração Tributária traz diagnóstico da gestão tributária e objetivos para o exercício de 2023. É a primeira vez que capital adota modelo de atuação, com previsão das ações de fiscalização. Empreendedores terão 30 dias, em média, para realizar procedimento sem cobrança de multa. “Com o novo Código Tributário Municipal, Goiânia conta hoje com a possibilidade de ter política de autorregularização, com as empresas conhecendo os procedimentos, passo a passo, a serem adotados pela Sefin. Uma atuação com transparência e previsibilidade, como foi solicitado pelo nosso prefeito Rogério Cruz”, ressalta secretário Municipal de Finanças, Vinícius Henrique Alves

Prestadores de serviços de Goiânia, com possíveis divergências tributárias, terão 30 dias para fazer a autorregularização sem cobrança de multa. A iniciativa integra as ações do Plano Anual de Administração Tributária de 2023, lançado pela Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), na manhã desta segunda-feira (05/06), no Paço Municipal.
O documento traz as diretrizes a serem adotadas pela gestão tributária ao longo do exercício de 2023; o trabalho de inteligência realizado no ano anterior para o levantamento de dados fiscais, o plano de fiscalização e informações sobre o programa de autorregularização que será adotado pela Prefeitura de Goiânia.

De acordo com o secretário Municipal de Finanças, Vinícius Henrique Alves, o Plano Anual da Administração é um marco na administração tributária. É a primeira vez que o município passa a contar com a formalização de um planejamento estratégico e operacional das ações de fiscalização, com estabelecimento de prioridades, e aumento de arrecadação sem a criação ou aumento de tributos.

“Goiânia ficou, historicamente, acomodada com o IPTU, sem buscar soluções para aumentar a arrecadação do ISS. Até então, não tínhamos uma base organizada, procedimentos e rotina de trabalho para obter informações e fazer um fluxo de trabalho. Tratava qualquer divergência como sonegação. Não queremos inviabilizar negócios. O objetivo é fomentar o empreendedorismo, adimplência, justiça tributária, geração de emprego e renda”, ressaltou.

De acordo com o secretário, ao longo de 2023, a atuação terá como foco os segmentos listados no Plano como maior volume de possíveis divergências. Isso será feito a partir do cruzamento de dados entre emissão de notas fiscais com relatório dos valores recebidos. A iniciativa inédita conta com a obtenção de dados, a partir de uma parceria com a Receita Federal e o Fisco Estadual.

As empresas prestadoras de serviços devem, então, receber comunicado sobre a possível divergência. A partir do momento em que foi comunicada, a empresa terá prazo médio de 30 dias para apresentar a justificativa para divergência ou efetuar o pagamento dos valores devidos. A quitação dos débitos durante o período para autorregularização terá desconto de 100% dos valores de multa e poderá ser feita de forma parcelada. Somente após esse prazo, chamado de autorregularização, os contribuintes que não apresentarem defesa ou fizerem a quitação devem passar por fiscalização.

“Nosso objetivo não é a penalização das empresas, mas contribuir com um ambiente de negócios mais justo. Com o novo Código Tributário Municipal, Goiânia conta hoje com a possibilidade de ter uma política de autorregularização, com as empresas conhecendo os procedimentos, passo a passo, a serem adotados pela Sefin. Uma atuação com transparência e previsibilidade, como foi solicitado pelo nosso prefeito Rogério Cruz”, afirmou.

De acordo com o secretário-executivo de Finanças, Lucas Morais, Goiânia começa a adotar métodos mais modernos de gestão tributária. “Foram estudados os números das principais administrações tributárias do país. Eles apontam que a política de penalização não é eficiente, já que grande parte dos autos de infração nunca será recebida. Administrações tributárias têm obtido eficiência por meio da realização de malhas fiscais, com identificação de divergências e notificação para a autorregularização”, pontuou.

O Plano Anual de Administração Tributária foi desenvolvido com a participação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), da Receita Federal.

O promotor de Justiça do MPGO, Fernando Krebs, elogiou a iniciativa da Prefeitura de Goiânia, por meio da Sefin, e disse acreditar que “a gestão terá êxito com a iniciativa”. “Nós, do Ministério Público, provocamos a Secretaria Municipal de Finanças em relação à fiscalização tributária, que respondeu adequadamente, corretamente, e de forma positiva. Espero que as ideias de vocês, que o projeto que estão implementando de forma conjunta, perdurem por muitos anos para que a gente possa colher os frutos”, avaliou o promotor.

Já o representante da DOT, delegado Bruno Costa, reafirmou a parceria da Sefin com a delegacia. “A DOT quer colaborar com esse projeto. Sabemos das dificuldades, mas vemos que o plano é bem elaborado, baseado em excelentes premissas, buscando justiça, bom atendimento, e buscando colaborar com a sociedade goianiense. Estamos otimistas”, pontuou.

Também participou do evento, representando a Receita Federal, o auditor Casimiro Neto.

Fotos: Sefin

Fonte: Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) – Prefeitura de Goiânia

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