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Exposição faz parte do programa Retomada Cultural Claque
A exposição Vestígios, trabalho autoral do artista visual Leandro de Araújo Moura, estará em cartaz para visitação no Teatro Sesc Centro entre os dias 27 e 30 de janeiro de 2023. Com instalação montada pelo artista e curadoria de Andrés I. M. Hernández, a obra aborda deslocamentos identitários que se originam a partir das vivências/embates, na concepção, na construção e na exibição da obra de arte pelo artista e se movimentam à participação do espectador.
Composta por 11 impressões em tecido transparente, além de objetos coletados e áudio incidental, a exposição exibe imagens realizadas no ano de 2021 a partir de fotografias feitas em residências em demolição no Setor Marista, construídas na década de 1970.
Ao instalar na sua totalidade os elementos físicos, as particularidades do espaço arquitetônico e os espectadores, Leandro ressignifica os vestígios carregados de estruturas que se entrelaçam, para projetar subjetividades a partir das formas e dos conteúdos. Os Vestígios em si e em suas metáforas se transformam em recursos de apropriações e projeções dialético/sensoriais. Direcionados também às discussões que nos atingem na contemporaneidade como indivíduos sociais. O campo ampliado definido por Rosalind Krauss reverbera, também, no deslocamento físico/geográfico e funcional dos elementos que estruturam a instalação. A capacidade de tornar tridimensional o invisível, como aponta o artista.
As obras contemporâneas são voláteis, efêmeras, absorvem e constroem o espaço à sua volta, ao mesmo tempo, que o desconstrói. A desconstrução de espaços, de conceitos e de ideias está dentro das práxis artísticas da qual a Instalação se apropria para se afirmar enquanto obra. Assim Vestígios se insere nesses discursos e na expansão das pertinentes discussões contemporâneas na arte sobre a emancipação da produção cultural e de suas modalidades artísticas, abarcando a outros setores da artes, com a dança, a música, a moda, a fotografia, a pintura, o teatro, a escultura, a literatura, a performance, os happenings, a videoarte, a instauração, dos procedimentos cerâmicos, etc.
As combinações com várias linguagens, fazem com que o público se surpreenda e participe da obra de forma mais ativa, pois ele é o objeto último da própria obra, sem a presença do qual a mesma não existiria em sua plenitude.
Assim, as imagens digitais, o som, e os objetos expostos num conjunto único formam uma colagem espacial, uma atmosfera tridimensional onde a presença do espectador se faz imprescindível.
“Os procedimentos de construção utilizados pelo artista nos remetem aos recursos usados por Duchamp para ressignificar o modo de pensar o novo espaço que ocupa o objeto e este no espaço arquitetônico com o espectador”, analisa Andrés Hernández, responsável pela curadoria da exposição.
Na percepção de Hernández, a necessidade de mexer com os sentidos do público, de instigá-lo, quase obrigá-lo, a experimentar sensações, sejam agradáveis ou incômodas, faz da Vestigios um espelho de nosso tempo.
Assessoria de Imprensa: