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Câmara aprova projeto de Mauro Rubem sobre descentralização da gestão da Saúde

A Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em primeira votação, nesta terça-feira, 4, projeto de autoria do vereador Mauro Rubem (PT) que estabelece o Programa de Descentralização da Gestão da Saúde (PRODEGES), na rede pública de saúde da capital, baseado nos princípios de participação popular, transparência e economicidade dos recursos públicos. A ideia é que as unidades de saúde tenham autonomia gerencial, orçamentária e financeira. Para isso, a prefeitura deverá criar as Unidades de Execução Descentralizadas (UED), que se responsabilizarão por executar dotação orçamentária, gerir recursos financeiros e contratar pequenas compras e serviços. A criação das UEDs deve abranger todas as unidades de saúde da capital, alcançando pelo menos metade delas em até dois anos da implantação do projeto e 100% em até quatro anos. O Conselho de Saúde do Município de Goiânia e os conselhos locais serão os fiscalizadores do processo.

Os recursos do PRODEGES poderão ser utilizados para aquisição de materiais de consumo e medicamentos, bens permanentes e equipamentos de saúde, despesas com adaptação e instalação dos equipamentos de saúde, realização de reparos nas instalações físicas, além de pequenos serviços prestados por pessoa física ou jurídica. São proibidos, no entanto, os gastos com pessoal e encargos sociais, implantação de novos serviços, gratificações, bônus e auxílios, festas e recepções, viagens e hospedagens, obras de infraestrutura (exceto reparos de estrutura), aquisição de veículos, aquisição ou locação de equipamentos de informática, pesquisas e publicidade.

A matéria estabelece, ainda, que o valor a ser transferido para as unidades de saúde e para os hospitais será definido com base em critérios de produção assistencial, observados nos Sistemas de Informações Hospitalares e Ambulatoriais do Ministério da Saúde. No primeiro ano do programa, os gestores deverão fazer um levantamento do custo operacional da UED, para os repasses e a readequação nos anos seguintes. Inicialmente, o valor a ser transferido não será inferior a R$ 200 mil. Os recursos não utilizados durante o ano serão redistribuídos para outras UEDs, conforme necessidade justificada pelos serviços. De acordo com o vereador, a liberação dos recursos do PRODEGES ocorrerá mediante autorização do Fundo Municipal de Saúde e só serão movimentados em conta aberta para seu recebimento, por meio de cheque nominal, de ordem bancária ou de transferência eletrônica em nome do fornecedor de bens ou prestador de serviços. O projeto segue agora para análise da Comissão de Saúde e depois retorna ao plenário para última votação.

 

Assessoria de comunicação: Heloiza Amaral (62) 98453-4481

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