Política

Desestimulada, em 15 dias Lêda define se desiste

Com uma sequência de dificuldades em se viabilizar eleitoralmente, Lêda Borges já teria informado inclusive ao ex- governador Marconi Perillo (PSDB) sua vontade de abandonar a disputa. O desânimo na pré-campanha da candidata se tornou geral, e Lêda já não atende telefonemas de pré-candidatos, antes mesmo das eleições.

A deputada estadual Lêda Borges (PSDB) andou assistindo revés nos seus processos judiciais, sendo denunciada e condenada ao menos uma vez a cada semana, e as pesquisas demonstram que a população de Valparaíso não aprova sua saída da Assembleia.

No mês que passou, a Secretaria de Cidadania, hoje comandada pela ex-Senadora Lúcia Vânia, entregou documentos e informações ao Ministério Público sobre a vida de Lêda nos mais de três anos que ela chefiou a pasta. De imediato, o Ministério Público requer o ressarcimento de R$ 5 milhões, sempre com o mesmo molde operandi que realizava na Prefeitura, segundo o Ministério Público: “realização de pagamentos sem o devido atesto e a comprovação dos serviços faturados (autos: 2020000089955).

Nas pesquisas registradas, Lêda Borges despenca, sendo que o atual prefeito apresenta ampla vantagem e para agravar o quadro, muitos pré-candidatos a vereador apresentam sintomas de querer abandonar o barco, uma vez que Lêda não tem cumprido compromissos de campanha.

Em pleno sábado, com o comércio de Valparaíso aberto, ritmo de pré-campanha, Lêda Borges foi vista em Caldas Novas passeando, sendo que nenhuma porta da comitiva do presidente Bolsonaro e do governo do Estado foi aberta para a pré-candidata.

Lêda andou analisando a sua substituição por Alceu ou mesmo a possibilidade de apoiar Afrânio Pimentel (PP), já que seu grupo não possui qualquer substituto a altura: mesmo assim, a vontade de vencer Pábio Mossoró une-se aos interesses de Marconi Perillo que, a cada dia, sofre mais um revés na política, já que toda candidatura do PSDB de Trindade foi “alamaçaada” pelos indícios de corrupção de Padre Robson, com o envolvimento do vice-prefeito do PSDB e do pré candidato a sucessão de Jânio Darrot.

A deputada tem conhecimento do terremoto sobre a sua vida política e, mesmo que vencesse, sua paz e seu legado político estaria triturado ao ponto de não conseguir dar sustentabilidade a um possível mandato.

Na Assembleia, estaria ao menos submergida e resolvendo seus processos, mantendo sua vida regrada ao bom salário para pagar, do bolso, excelentes advogados. A questão é o caminho sem volta. Caso desista, seu grupo político, hoje com poucos personagens expressivos, mas todos eles com muita questão pessoal envolvida (adultérios, salários, pessoas processadas, carros alugados, fornecedores, donos de papelaria) todo esse grupo estaria em uma situação muito difícil.

Lêda, hoje, sente a dor do rompimento, não mostra arrependimento, mas tem cautela nos próximos passos, justamente por saber que de deputado federal a “zé roelas” (cidadãos comuns, pessoas pobres, assim chamado por ela): todos desejam seu fim político.

Pior: sabe que a sua Vitória seria como enfrentar uma tempestade no deserto, com uma chuva de situação difícil.

Nos próximos emblemáticos 15 dias, Lêda define se desiste, ou permanece na disputa. Sabe ela, que a vitória tem muitos pais, mas a derrota é órfã.

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